segunda-feira, 11 de julho de 2011
As ramificações das empresas automobilísticas!
O mundo dos negócios é uma verdadeira montanha-russa: basta um pequeno acontecimento na história para que os índices econômicos subam ou caiam vertiginosamente. E foi basicamente por causa desses momentos de baixa que algumas montadoras se viram, em determinadas épocas, “obrigadas” a ampliar sua atuação e produzir algo completamente fora da área em que começaram (ou focarem) suas atividades – os automóveis.
A Peugeot, por exemplo, manufaturava moinhos de café, guarda-chuvas e bicicletas, artigo no qual é uma das líderes até hoje – as “bikes” de corrida da marca são famosas por sua alta qualidade – antes de entrar no ramo do que viriam a ser os automóveis, ainda em 1876. Assim como ela, a Kia, montadora mais antiga da Coréia do Sul (fundada em 1944) também começou na indústria das bicicletas, concomitantemente à produção de tubulações de aço.
Já a japonesa Suzuki nunca sobreviveu só de automóveis, mas também de uma gama completa de motocicletas, veículos todo-terreno, barcos e até mesmo cadeiras de roda. Em 1919, inclusive, a marca inovou com a criação de amplificadores, que eram exportados para todo o mundo e foram o foco da empresa em seus primeiros 30 anos de existência. Com a chegada da Segunda Guerra Mundial, em 1939, a Suzuki teve que ampliar seus negócios e acabou até mesmo exportando algodão para o país inimigo, os Estados Unidos.
As grandes guerras, aliás, parecem ter sido dois dos maiores motivos pelos quais as montadoras mudaram seus produtos durante a história. A também japonesa Mazda se viu tentada a fabricar armas para os militares de seu país durante a Segunda Guerra, principalmente rifles, bem como a italiana Alfa Romeo já havia feito em épocas anteriores, ainda durante a Primeira Guerra, provendo ferragens para os exércitos dos aliados – as quais iam de simples munições a veículos pesados e motores para aviões.
Por sua vez, a Ferrari, conterrânea da Alfa Romeo, teve que se adaptar às vontades do governo fascista de Benito Mussolini durante a Segunda Guerra e se aventurou no segmento de materiais e motores para aeronaves, assim como a Bentley, famosa por ter começado no mercado exatamente nesse segmento, o qual estava no ápice no começo do século passado. Enquanto antigamente as guerras promoviam as mudanças nas montadoras, atualmente as razões são as mais variadas possíveis – e todas elas levam ao mesmo objetivo: ampliar a participação no mercado global.
Prova disso é o fato de muitas marcas estarem presentes em áreas que divergem do mundo automotivo, como a Lamborghini, que resolveu aliar a tradição à sofisticação e criou uma cafeteira cheia de estilo. Já a Toyota preferiu investir em algo mais “sofisticado”, juntando-se recentemente à Sony para criar um veículo de assento único – uma espécie de cadeira com rodas. A montadora ainda foi além e criou a robô TPR-Robina, utilizado como guia na planta da Toyota no Japão.
A conterrânea Honda é outra que atua em vários segmentos: além de fabricar carros, motocicletas, produtos de força (motores para barco e roçadeiras são alguns exemplos) e jet skys, deu início recentemente à construção do avião Honda Jet. A marca também desenvolveu o robô humanóide Asimo, que é capaz de andar, falar, subir e descer escadas e até mesmo dançar – de acordo com a Honda, esse é um passo na direção de auxiliar no desenvolvimento tecnologias que possam tanto auxiliar idosos que não podem ficar sozinhos como orientar a produção de próteses ortopédicas.
Como a história mostra, tradição e qualidade fazem o nome de uma montadora chegar às alturas, mas também é importante adequar-se ao momento e saber inovar. Não é à toa que a maioria dessas gigantes do setor automotivo está no mercado há mais de 100 anos.
Fonte:CarroOnline.Terra
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